O trabalho após os 50 anos é bastante comum no Brasil porque, em geral, as pessoas chegam a essa idade ainda bastante ativas e com as mesmas necessidades financeiras que tinham aos 40 ou aos 30 anos. Se você faz parte desse grupo, deve saber que pessoas com 50 anos ou mais têm energia, experiência e conhecimento para compartilhar, mas esbarram em uma aparente má vontade das empresas, que nem sempre são simpáticas e acabam impondo dificuldades e barreiras para sua recolocação. Neste post, vamos mostrar como você pode vencer essas barreiras e mostrar que é o profissional certo para a vaga que quer ocupar. Vamos lá?
Neste artigo você verá:
Como é o mercado de trabalho após os 50 anos?
Um estudo da consultoria de recrutamento Robert Half, por exemplo, aponta que 69% das empresas simplesmente não tinham contratado pessoas com mais de 50 anos em 2019. Por quê? Os principais motivos apontados foram: salário alto (31%), pouca flexibilidade (18%), desatualização (12%) e o risco de ampliar conflitos entre gerações (7%).
De fato, muitas pessoas com mais experiência acabam esbarrando na questão salarial. As empresas dizem que um profissional com mais experiência é “muito caro” ou – outro jargão bastante utilizado nesses casos – é “superqualificado para a vaga”.
Como mudar de emprego ou conseguir trabalho após os 50 anos?
No mesmo estudo, a Robert Half perguntou aos entrevistados quais eram os benefícios de contratar alguém depois dos 50. As respostas foram experiência (86%), conhecimento (66%), resiliência e inteligência emocional (43%) e contribuir para a diversidade da organização (30%).
As respostas – tanto sobre os motivos para não contratar quanto sobre os benefícios – dão uma boa pista do caminho que devemos seguir. Confira abaixo como se preparar para buscar recolocação após os 50 anos.
Valorize sua experiência no currículo
Empresas precisam de pessoas que resolvam problemas. A vantagem de procurar trabalho após os 50 anos é que você já passou por muitos desafios e sabe como resolver boa parte deles. Esse é o seu grande diferencial. Portanto, dê o merecido destaque para sua experiência profissional no currículo, que é onde todo processo seletivo começa.
Ganhe o recrutador no resumo profissional
O resumo profissional deve ser a grande vitrine da sua carreira. Nesse campo, você precisa valorizar o que você já fez e o que você conhece bem. Se tiver resultados que possam ser resumidos em números, melhor ainda. Você ajudou determinada área a reduzir 20% dos custos ou a aumentar 15% as vendas? Evidências desse tipo podem conquistar a atenção e a curiosidade do recrutador.
Faça cursos para atualizar o currículo
Se um dos motivos que as empresas alegam para não contratar pessoas com mais de 50 anos é a desatualização, antecipe-se a esse problema. Faça cursos ligados à sua área de atuação ou que estejam relacionados ao uso de novas tecnologias que podem ajudar a desenvolver o seu trabalho. Existem milhares deles à disposição – e de graça – pela internet. Aprenda sobre mídias sociais, marketing digital, ferramentas do Google para trabalhar de forma compartilhada (Google Docs, por exemplo), blockchain e inovação. São muitas as opções e a escolha depende principalmente da área em que você atua. O importante é deixar claro no currículo que você não parou – e nem está propenso a parar – no tempo.
Explique por que você quer a vaga (mesmo sendo superqualificado para ela)
Neste momento, é possível que você esteja aceitando um cargo inferior ao que já teve ou, pelo menos, uma remuneração mais baixa do que costumava ter. É comum que isso aconteça em momentos de crise, em que o mercado de trabalho não está favorável para ninguém. Se esse for de fato o seu motivo, explique ao recrutador. Diga a ele que entende que o momento econômico do país é outro e que mesmo assim você está disposto e tem necessidade de trabalhar.
Demonstre flexibilidade e jogo de cintura
Outro ponto importante é demonstrar que você consegue trabalhar com as gerações mais novas sem criar grandes conflitos. Para isso, é importante entender que essas gerações costumam trabalhar de forma mais colaborativa e sem muita hierarquia. É possível, por exemplo, que alguém de TI queira opinar sobre o seu trabalho em vendas. E que a área de marketing aponte determinadas falhas da equipe de TI. O melhor é nunca levar essas críticas para o lado pessoal. A ideia, em geral, é que todos trabalhem em conjunto para alcançar metas e objetivos da empresa. Com o tempo, você também deve se sentir à vontade para opinar sobre assuntos que não estejam diretamente ligados às suas atividades. E tudo bem. 🙂
Utilize a internet como aliada
Portais como o VAGAS.com.br podem ser seus melhores aliados para buscar emprego. Não despreze seu potencial. Comece a busca por eles, avalie as oportunidades, entenda os requisitos e, se for o caso, corra atrás do que falta no seu currículo para conquistar a vaga que você entende ser a melhor para você neste momento.
Faça networking
Embora muita coisa tenha mudado no mercado de trabalho, a boa e velha necessidade de criar uma rede de contatos e mantê-la ativa continua a mesma. Portanto, converse com as pessoas, conte sobre os seus planos e seu momento. A facilidade agora é poder fazer tudo isso em casa, pelo computador ou pelo celular, de forma prática e muitas vezes até mais eficiente. Se você estiver um pouco enferrujado, confira nosso post Como fazer networking: dicas para não virar um chato.
Como mudar de profissão após os 50 anos?
Para mudar de profissão após os 50 anos, todos os itens acima são válidos, mas é preciso focar em um mais especificamente: formação.
Confira a seguir alguns passos para mudar de profissão após os 50 anos:
- Procure e se inscreva em cursos relacionados à profissão que quer ter a partir de agora;
- Se possível, faça esses cursos presencialmente para já criar um networking relacionado à sua nova área;
- Refaça todo o seu currículo destacando tudo o que estiver relacionado à nova profissão. A dica vale para sua experiência, formação anterior e os resultados que obteve na sua antiga área;
- Amplie sua rede de contatos. Vá às redes sociais, procure pessoas que sejam referência em assuntos ligados à sua nova profissão, participe das conversas;
- Faça sua propaganda. Sim, vale a pena deixar todo mundo saber dos seus planos. Compartilhe a novidade com ex-colegas e pessoas que possam fazer a ponte entre a antiga e a nova profissão.
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