quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Vagas temporárias: aumenta número de oportunidades


Entre janeiro e junho de 2020, um milhão de vagas temporárias foram preenchidas

Entre janeiro e junho de 2020, um milhão de vagas temporárias foram preenchidas, o que indica aumento de 47% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem).

De acordo com o levantamento, os setores que mais demandaram trabalhadores temporários foram as áreas médica, de logística, alimentícia, agro e tecnologia. 

E tem mais. Cinco meses após o início da pandemia, a Associação estima que essa modalidade de trabalho pode alcançar 1,9 milhão de vagas até o final do ano. Se isso acontecer, teremos uma alta de 28% na geração de vagas nessa categoria. 

Por que a oferta de vagas temporárias está aumentando

Segundo a Asserttem, as vagas temporárias passaram a ser opção para muitas empresas que neste momento estão com receio de assumir o custo de contratar pessoas por prazo indeterminado. 

Além disso, podemos observar que a pandemia provocou uma inversão na sazonalidade da geração de vagas temporárias – que, em situações comuns, costumam aparecer mais no segundo semestre, quando ocorrem Dia das Crianças e Natal.  

Vagas temporárias no segundo semestre 

Para o segundo semestre, a previsão é de que 900 mil vagas sejam preenchidas. Segundo a Asserttem, a indústria é quem deve liderar as contratações, diferentemente dos outros anos, em que elas eram lideradas pelo varejo. 

A Associação aponta que o varejo pode ter alguma alta no final do ano, com a chegada das datas comemorativas, mas isso vai depender da recuperação da demanda e da presença dos consumidores nas lojas físicas. 

Quanto das vagas temporárias devem se tornar efetivas

Ainda segundo o levantamento da Asserttem, em média 15% das vagas temporárias têm sido convertidas em vagas permanentes. Marcos de Abreu, presidente da associação, acredita que essa média possa se mas afirma que é difícil fazer previsões neste momento de incerteza com o ritmo da retomada e com a sobrevivência de empresas até o final do ano. 

Trabalho temporário regularizado

No ano passado, o governo editou um decreto para regularizar o trabalho temporário. As principais diferenças desse tipo de contrato para o contrato convencional regido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) é que o profissional demitido não tem direito à multa de 40% sobre o saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e também não tem acesso ao seguro-desemprego.

Os contratos temporários não precisam ter um prazo determinado, mas devem valer por 180 dias no máximo. Se, depois disso, a empresa comprovar que ainda precisa do profissional, é possível prorrogar o contrato por mais 90 dias. No total, todo o período de prestação de serviço do profissional contratado como temporário não pode ultrapassar nove meses. 

O Brasil é apontado como um dos países que mais contrata temporários no mundo. Entre 2014 e 2018, a média foi de 1 milhão de pessoas por ano. No ano passado, depois da edição do decreto, a geração de vagas acelerou, levando a um crescimento de 20% dos temporários. 


FONTE:

https://www.vagas.com.br/profissoes/vagas-temporarias/

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