segunda-feira, 8 de abril de 2024

8 mulheres na liderança que fizeram a diferença

 

Conheça mulheres de sucesso do Brasil e do mundo ao longo da história e entenda quais são as habilidades e os benefícios das lideranças femininas para a sociedade

Imagem de uma mulher sorridente com o celular na mão no escritório

Nos últimos anos, houve um aumento significativo na discussão sobre o papel das mulheres na liderança e seu impacto positivo no ambiente corporativo e na sociedade em geral.

Desde a política até os direitos humanos, da ciência à defesa ambiental, as mulheres têm desafiado estereótipos, superando obstáculos e deixado uma marca significativa em suas áreas de atuação. 

Neste texto, destacaremos 8 mulheres na liderança que, com sua coragem, determinação e visão, fizeram a diferença no mundo.

Neste artigo você verá:

O papel das mulheres na liderança

As mulheres representam metade da população global e estão presentes em cada vez mais segmentos e níveis hierárquicos do mercado de trabalho, em pequenas e grandes companhias. No entanto, os desafios ainda são muitos, especialmente em certas carreiras e mercados dominados pelos homens.

Promover a liderança feminina não se trata apenas de alcançar a igualdade de gênero, mas também de garantir justiça e equidade no local de trabalho. Isso envolve eliminar preconceitos e barreiras que impedem as mulheres de avançar em suas carreiras.

A pesquisa “Women in Business”, realizada pela consultoria Grant Thornton em 29 países, aponta que 31% dos cargos de alta gestão são ocupados por mulheres. No Brasil, o índice está em 39% de lideranças femininas, número acima da média global, mas ainda abaixo do igualitário.

Mais que um número representativo, mulheres trazem experiências e perspectivas únicas para a gestão das empresas. E é essencial que as organizações reflitam essa diversidade em todos os níveis, incluindo cargos de liderança.

Quais são as habilidades de uma liderança feminina?

As habilidades de uma líder feminina podem variar de acordo com sua personalidade, experiência e contexto profissional. No entanto, algumas características frequentemente associadas à liderança feminina incluem:

Empatia

Mulheres são reconhecidas por sua capacidade de compreender as necessidades e preocupações dos outros, o que pode ser especialmente valorizado em cargos de liderança onde é importante criar conexões e relacionamentos sólidos com equipes, clientes e partes interessadas.

Comunicação efetiva

Mulheres em cargos de liderança tendem a ser comunicadoras habilidosas, capazes de expressar ideias de forma clara e persuasiva. A comunicação eficaz é essencial para inspirar e motivar, resolver conflitos e garantir a colaboração de todo o time em prol de objetivos em comum.

Colaboração e trabalho em equipe

Comunicação e empatia também favorecem um ambiente mais colaborativo, com melhor trabalho em equipe. Mulheres de sucesso estão sempre procurando ouvir e integrar diferentes perspectivas para alcançar melhores resultados. Essa habilidade é crucial em ambientes corporativos e políticos onde a colaboração e a coesão da equipe são essenciais.

Resiliência

Mulheres são historicamente conhecidas por sua grande capacidade de lidar com desafios e adversidades, mostrando resiliência diante de obstáculos e mantendo o foco em seus objetivos a longo prazo. Elas tiveram que desenvolver essa competência para lutar contra a desigualdade ao longo da história, e a capacidade de superar contratempos e continuar avançando é essencial para líderes.

Intuição e inteligência emocional

A forte intuição feminina e a inteligência emocional permitem que as mulheres leiam nas entrelinhas, entendam as emoções dos outros e tomem decisões baseadas em condições emocionais de sua equipe. Essas habilidades ajudam a construir relacionamentos sólidos e a cuidar das pessoas, tornando o ambiente de trabalho mais humano e acolhedor.

Gestão de conflitos

Líderes precisam ter habilidade para gerenciar conflitos, e mulheres, em geral, procuram resolver disputas de forma diplomática e encontrar soluções que atendam às necessidades de todas as partes envolvidas. A capacidade de resolver conflitos de forma construtiva pode promover um ambiente de trabalho harmonioso e um time vencedor.

8 exemplos de mulheres que alcançaram posições de liderança 

Para inspirar ainda mais mulheres a buscarem posições de destaque ao longo de sua carreira, listamos 8 exemplos de mulheres de sucesso do Brasil e do mundo. Seja nos negócios, na política ou nas causas sociais, cada uma delas entrou para a história por se tornarem modelos de empoderamento feminino.

Joana d’Arc

Vamos começar por um mártir feminino. Líder militar francesa durante a Guerra dos Cem Anos, Joana d’Arc desempenhou um papel fundamental na resistência francesa contra a ocupação inglesa. 

Por seu comportamento à frente de seu tempo, Joana sofreu diversas condenações de cunho religioso, e foi executada em 30 de maio de 1431, aos 19 anos de idade. Até os dias de hoje, é uma das personagens da história feminina mais retratada por escritores, artistas e roteiristas do mundo todo.

Rosa Parks

Rosa Parks foi uma ativista norte-americana que se tornou um símbolo da luta contra a segregação racial nos Estados Unidos ao se recusar a ceder seu lugar no ônibus para um homem branco em 1955. 

Depois disso, se transformou em um ícone do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, mas sofreu na pele com sanções, racismo e segregações. Ela recebeu apoio de lideranças como Martin Luther King e, nos anos 60, continuou participando de diversas iniciativas e marchas pela igualdade.

Indra Nooyi

Ex-CEO da PepsiCo, Indra Nooyi é uma empresária norte-americana nascida na Índia, que já foi considerada uma das mulheres mais poderosas do mundo dos negócios, conhecida por sua liderança inovadora e compromisso com a diversidade e inclusão. 

É autora do livro “Minha Vida Completa” (My Life in Full) e, atualmente, responsável pelo projeto Performance with Purpose (Desempenho com propósito), que incentiva a PepsiCo a fazer o que é certo para o negócio, respondendo às necessidades do mundo.

Christine Lagarde

Aos 67 anos, Christine Lagarde é Presidente do Banco Central Europeu, uma das figuras mais importantes na política econômica global. Anteriormente, foi diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) e ministra das Finanças da França — a primeira mulher da história a ocupar estas três posições. 

Acostumada a conquistar posições de destaque em ambientes majoritariamente masculinos, Lagarde tem fé na liderança feminina, e costuma deixar isso bem claro. Em 2023, foi considerada a segunda mulher mais poderosa do mundo na lista da Forbes.

Kamala Harris

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, é a primeira mulher, primeira pessoa negra e primeira pessoa de ascendência sul-asiática a ocupar o cargo. Advogada de formação, ganhou destaque por ser a primeira procuradora-geral negra da Califórnia, estado em que nasceu e pelo qual também foi eleita senadora. 

Em 2020, foi escolhida como vice-presidente de Joe Biden, candidato democrata à presidência dos Estados Unidos. Frequentemente, aparece em público opinando sobre questões como raça, direitos reprodutivos e armas, e tornou-se peça fundamental na corrida pela reeleição do presidente Biden.

Malala Yousafzai

Hoje com 26 anos, a ativista paquistanesa Malala Yousafzai foi a pessoa mais nova a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, aos 17 anos, por sua defesa dos direitos humanos, especialmente o direito à educação das mulheres. 

Mesmo sendo vítima de um atentado por defender o direito das meninas de ir à escola, continuou defendendo que “Nossos livros e canetas são as armas mais poderosas. Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. Educação é a única solução”.

Tarciana Medeiros

Entre as brasileiras de maior destaque no cenário atual, está a paraibana Tarciana Medeiros. Ela é a única brasileira na lista da Forbes das 100 Mulheres mais Poderosas do Mundo de 2023. O que a levou a ocupar a 24ª posição do ranking foi a presidência do Banco do Brasil, o segundo maior banco da América Latina. 

No cargo desde janeiro do ano passado, Tarciana é a primeira mulher a assumir a posição em 215 anos de história do banco. Ela também é a única mulher a liderar uma das empresas brasileiras da lista Forbes Global 2000, que reúne as maiores companhias de capital aberto do mundo. 

Cristina Junqueira

Continuando no setor financeiro brasileiro, Cristina Junqueira, co-fundadora do Nubank, uma das startups financeiras mais valiosas da América Latina, já era um exemplo de protagonismo feminino por desempenhar um papel crucial na estratégia e no crescimento da empresa. 

Recentemente, Cristina ganhou destaque na mídia quando, aos 39 anos, dobrou seu patrimônio e tornou-se uma das 60 mulheres bilionárias do Brasil. Além disso, ela é uma das poucas consideradas “self-made bilionários” (o que significa que o patrimônio conquistado é resultado do trabalho próprio, e não de herança).

O impacto da liderança feminina no ambiente corporativo e na sociedade

Estudos demonstram consistentemente que empresas com maior diversidade de gênero em cargos de liderança tendem a superar seus concorrentes em termos de desempenho financeiro, inovação e sustentabilidade a longo prazo.

O relatório “Women in the Workplace”, realizado anualmente pela McKinsey & Company em parceria com a LeanIn.Org, aponta que empresas com maior diversidade de gênero têm 25% mais probabilidade de ter retornos financeiros acima da média de seu setor. Segundo a pesquisa, empresas com uma representação significativa de mulheres em cargos de liderança são 21% mais propensas a superar seus concorrentes em rentabilidade.

Um cenário mais igualitário também pode contribuir para a retenção de talentos. Funcionários (incluindo homens e mulheres) tendem a valorizar mais as empresas que têm uma representação equitativa de gênero em cargos de liderança. Além disso, os benefícios vão além das fronteiras corporativas. Lideranças femininas tendem a inspirar jovens mulheres a romper com problemáticas de gênero, o que causa um impacto social muito positivo.

Quais são os desafios para a liderança feminina?

Você pode pensar: mas com tantos modelos femininos de sucesso, quais são os desafios para a liderança feminina? Acredite, ainda são muitos. Apesar dos benefícios evidentes e da evolução conquistada, as mulheres ainda enfrentam barreiras significativas para avançar em suas carreiras e alcançar cargos de liderança, incluindo preconceito, assédio, entre outras questões de desigualdade de gênero. 

O estudo da McKinsey aponta que, atualmente, há mais mulheres em cargos de diretoria do que em qualquer outro momento. 

Pela primeira vez na história, há mulheres parlamentares em todos os países do mundo (segundo o último relatório anual da União Interparlamentar). Ainda assim, as pesquisas mostram que as mulheres ocupam uma média de 25,8% dos assentos disponíveis. Esse número é 2,3% maior do que na última eleição, mas, nesse ritmo, levará mais 80 anos para alcançar a paridade de gênero no parlamento.

O país com maior presença feminina no parlamento é a Suécia, com 40,4%. A Argentina é o destaque da América do Sul com 27,6% de mulheres parlamentares.

No Brasil, de acordo com informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas Eleições Gerais de 2022 um total de 9.891 mulheres se candidataram, porém somente 311 delas foram eleitas, o que corresponde a apenas 18,2% do total de políticos eleitos.

O papel das mulheres na liderança é fundamental para promover a diversidade, a inclusão e o progresso em todos os setores da sociedade. Por isso, é crucial promover e incentivar o empoderamento e protagonismo feminino no mercado de trabalho.


fonte:

https://profissoes.vagas.com.br/mulheres-na-lideranca/

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