segunda-feira, 30 de maio de 2022

Diversidade e Inclusão no Mercado de Trabalho: entenda a importância

 

Neste artigo você verá:

Ações de inclusão e diversidade no mercado de trabalho merecem destaque e promovem ambientes igualitários, além de inovação e diferentes pontos de vista dentro de uma empresa.

A diversidade no mercado de trabalho vem ganhando destaque porque (finalmente) as empresas perceberam que para manter a competitividade, precisam atrair e reter talentos de diversas idades, gêneros, culturas e habilidades. 

É essa mistura que oferece às companhias diferentes pontos de vista para solucionar problemas e encontrar oportunidades de inovação em qualquer área. 

O que significa inclusão e diversidade no mercado de trabalho

Inclusão e diversidade no mercado de trabalho significa dar oportunidades iguais para que pessoas diferentes possam ocupar cargos em qualquer nível da empresa

Quando falamos em “pessoas diferentes” estamos nos referindo a diversidade de gêneros, de idades, de opções, de habilidades, de competências, de origem social, de cultura e de deficiências. 

Empresas que investem em diversidade e inclusão proporcionam as mesmas oportunidades de contratação e crescimento para todos, inclusive aqueles que têm necessidades diferentes da maioria. 

Por que ações de inclusão e diversidade no mercado de trabalho são importantes

Ações de inclusão e diversidade no mercado de trabalho são importantes porque geram oportunidades para todas as pessoas e trazem resultados para as empresas.

Pessoas que trabalham em empresas com essa preocupação tendem a se sentir mais acolhidas e pertencentes. Consequentemente, elas trabalham melhor, ou seja, com mais engajamento e produtividade. Essa postura acaba se transformando em resultados financeiros melhores para as empresas. 

Outros benefícios são, como dissemos no início do texto, a reunião de diferentes pontos de vista, aumentando o potencial de criatividade, inovação e solução de problemas no ambiente. 

Por fim, empresas que realmente são diversas e inclusivas acabam desenvolvendo uma marca mais atraente, tanto para profissionais que queiram fazer parte da sua equipe quanto para consumidores que se tornam clientes.

Mas não se engane: essa iniciativa não precisa partir da empresa, ela pode partir do profissional e deve ser praticada diariamente no ambiente trabalhista.

Dados sobre diversidade e inclusão no mercado de trabalho

Ainda que o assunto esteja ganhando relevância entre as empresas, a inclusão e diversidade no mercado de trabalho ainda não são realidade no Brasil. 

Pessoas pretas e pardas representam 56% da população do país, segundo o IBGE. Porém, elas ocupam apenas 30% dos cargos gerenciais das empresas, também segundo o IBGE.

A realidade das pessoas com deficiência também está longe do ideal. Mesmo com a lei de cotas para PCD, promulgada em 1991, apenas 53% das vagas reservadas são preenchidas no Brasil.

Com pessoas LGBTQI+ não é diferente. Pesquisa realizada pela consultoria Mais Diversidade mostra que 54% dos profissionais LGBTQI+ não se sentem seguros para falar abertamente sobre a própria orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente profissional. 

O levantamento mostrou ainda que 74% dos entrevistados sentem falta de um ambiente de trabalho mais inclusivo e 54% sentem falta de referências de pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho. 

Como promover inclusão e diversidade nas empresas

Para o consultor Reinaldo Bugarelli, sócio-diretor da Txai Consultoria e Educação, que atua na área de sustentabilidade e responsabilidade social, promover a diversidade de funcionários e gestores é um caminho que não precisa ser árduo, mas requer valores sólidos.

Para ele, essa fronteira em poucos anos será rompida, mas ainda é preciso o empenho de grandes empresas para lidar com as questões da “vida como ela é”. Passando pela forma de cadastro de funcionários, até análise de benefícios com maior abertura.

“A empresa, ao promover a diversidade, tem que rever seus processos e procedimentos”, afirma. “Também é necessário investir no fator humano, com trabalhos de conscientização, porque muitos nunca conviveram com a diferença”.

Com experiência de 36 anos atuando em direitos humanos, Bugarelli destaca que as empresas que investiram em diversidade melhoraram. Não quer dizer que não haja conflito, mas eles são enfrentados com respeito e conduta.

“Empresas que investem na diversidade melhoram o diálogo com diversos públicos, passam por crises de uma maneira melhor”, afirma. “O ambiente mais diverso é mais rico em ideias e soluções.”

Convívio é chave para vencer preconceitos

Cid Torquato, coordenador na Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, acredita que o preconceito esteja diminuindo, mas ainda seja muito enraizado, aqui e em qualquer parte do mundo. 

“A melhor forma de ultrapassar isso é com o convívio, na escola, no esporte, no trabalho e na rua”, alerta. ‘Não é fácil, para muitos, entender que é na diversidade que reside nossa maior riqueza como sociedade.”

Torquato é tetraplégico e atua com empenho na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Para qualquer profissional (independentemente da característica “diversa” que tenha), ele recomenda a busca pela qualificação e a resiliência para encarar as adversidades. 

Mesmo com os avanços recentes, o advogado especialista em tecnologia trabalha para que as conquistas sejam mais expressivas. E, para isso, aposta na inclusão por meio do trabalho. 

Reconhecimento profissional é combustível

Reconhecimento profissional é o combustível que move Márcia Rocha, advogada. Ela integrou a Comissão dos Direitos da Diversidade Sexual e combate à Homofobia da OAB/SP, mas ainda está registrada na Ordem com seu nome de batismo, Marcos Cesar Fazzini da Rocha.

“No mercado o que importa é a sua capacidade produtiva. Ninguém quer contratar um problema, querem um profissional competente”, afirma. 

A profissional explica que o preconceito com transexuais ainda é muito forte. 

“Temos que criar uma ponte. Um acesso, para que esses profissionais entrem nas empresas e mostrem suas habilidades. O trabalho formal, que valoriza a produção profissional, pode mudar a realidade de muitos travestis em pouco tempo.”

Como praticar a diversidade e inclusão no mercado de trabalho

A responsabilidade de praticar inclusão e diversidade no mercado de trabalho não é apenas das empresas. Todos devemos fazer parte disso. E não é difícil, viu? Aqui vão três dicas simples para quem quer começar. 

1. Observe suas próprias atitudes

Ninguém é perfeito. É possível que você (mesmo sem querer ou perceber) carregue alguns preconceitos. 

Preste atenção nas suas falas e atitudes e descubra se existe preconceito e agressão nas suas atitudes. Quando descobrir um deslize (uma piada sem noção, por exemplo), pense por que isso acontece, o que te move e, claro, promova a mudança dentro de você. 

2. Não se conforme

Observe também a atitude dos pares. E, se presenciar qualquer situação de preconceito no trabalho, mostre seu incômodo, manifeste-se. Não deixe o preconceito à vontade. 

3. Busque informação

Se você não faz parte de grupos discriminados, tente entender a realidade de cada um. Procure dados, relatos, notícias. Tenha empatia. Informação é um excelente caminho para quebrar paradigmas. 


fonte:

https://www.vagas.com.br/profissoes/diversidade-uma-necessidade-para-o-mercado/

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