Amigos amigos, indicações à parte
* Por Juliana Porto
Em tempos de desemprego ainda alto, praticamente todo mundo conhece
alguém que acabou de perder o emprego ou já está há tempos à procura de
trabalho.
IMAGEM: Robert Half |
E quando esta pessoa é um grande amigo que agora clama por sua
ajuda, você indicaria para uma vaga? Não é apenas por causa da
proximidade que você é obrigado a indicar a qualquer custo. Veja como
não entrar numa saia justa sem perder a amizade:
Muitas
vezes conhecemos mais nossos amigos do que nossa própria família.
Então, provavelmente, você sabe muito bem se o perfil dele combina com o
clima da área e a cultura da empresa.
Caso já saiba que ele
potencialmente não iria se adaptar, não vale a pena perder nem seu tempo
nem o dele nesta indicação. Melhor tentar ajudá-lo de outra forma.
Ele tem as
habilidades que o posto demanda ou você está querendo “forçar um pouco a
barra” para ajudar uma pessoa que gosta muito? Uma indicação não é o
único ponto que determina uma contratação, mas pode ajudar em alguns
casos.
Amigo mesmo é aquele que é sempre sincero e você certamente
saberá a melhor forma de conversar com ele sobre o assunto.
Isso acontece - e muito. Principalmente se a pessoa que procura uma
vaga quer muito aquele posto ou procura desesperadamente por um emprego.
Mas você já pensou que um dia essa história pode vir à tona? Amigos com
bom senso entenderão quando estiverem fora do perfil almejado pelo
posto ou fora da cultura da empresa.
Acontece
muito também. E não é culpa sua. Por mais que uma indicação possa, de
alguma forma, ajudar em uma contratação, contam ainda mais o perfil
profissional, experiência e características que o posto almeja.
Uma
indicação também não é segurança de que a contratação será 100%
certeira. Erros acontecem. E seu amigo precisa ter maturidade suficiente
para saber que esta é a dinâmica do mercado.
* Juliana Porto é jornalista desde 2005 e
começou sua carreira escrevendo justamente sobre... carreiras! De lá
para cá, já cobriu finanças pessoais, consumo e tecnologia em redações
no Rio e São Paulo, mas sempre acaba voltando ao tema com que começou
sua vida profissional.
FONTE: Robert Half
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