quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Transição de carreira: como tomar uma decisão assertiva?



IMAGEM: O POVO
Não se faz uma transição de carreira do dia para a noite. O plano de carreira precisa ser uma bússola estratégica para a mudança. Saiba como tomar a decisão certa.



Diego Barbosa

Headhunter

Especial para O POVO




Ao longo da jornada profissional, nos deparamos com momentos decisivos onde é preciso ponderar o que já foi realizado até ali, e decidir-se sobre os novos passos a serem dados. 

Essa análise profunda sobre o futuro profissional, em alguns casos, pode resultar em uma transição de carreira e o processo de mudança, apesar de ser difícil e gerar resistência, muitas vezes se faz necessário.

Independente se o motivo da mudança é insatisfação com o trabalho atual, com a falta de perspectiva para carreira no mercado de trabalho, ou se é um desejo de aplicar novas e diferentes habilidades no dia a dia, não se faz uma transição de carreira do dia para a noite. 


O plano de carreira precisa ser uma bússola estratégica para a mudança. Definir e encontrar esse norte é essencial para escolher as ações que o colocarão mais próximo do resultado desejado e encurtarão o caminho até o sucesso.

Pergunte-se de maneira honesta, sem deixar a ambição de lado, e levando em consideração o que te faria feliz: “onde eu quero estar nos próximos 5 e 10 anos?”. 

Tudo bem se a imagem não estiver muito nítida, ou se você ainda não tiver ideia de como irá conseguir concretizar essa meta. O mais importante é encontrar essa resposta e experimentar a sensação de ter realizado esse sonho. 

Quando saboreamos a conquista, mesmo que no campo das ideias, temos maior motivação para realiza-la. Em se tratando do planejamento de carreira é indispensável sonhar a longo prazo, no entanto, desenhar as ações para o próximo degrau é fundamental e torna nossos sonhos mais palpáveis.

Depois de reconhecer sua meta no curto, médio e longo prazo, passamos para a fase de analisar essa transição. A tomada de decisão não pode ser feita apenas com base em suas emoções. 

Está na hora de colocar sua inteligência emocional para trabalhar e reconhecer que as insatisfações com o trabalho atual, fatores externos, conflitos e momentos na vida pessoal irão atrapalhar o seu julgamento. Ponderar os pontos positivos e negativos da carreira e do local de trabalho é uma tarefa que deve ser feita com base em informação e análise de dados.

Faça uma lista com os prós e contras, e principalmente elenque de três a cinco motivadores de carreira. O que é importante para você enquanto profissional, ambiente de trabalho, qualidade de vida, flexibilidade de horário, liderança colaborativa, plano de carreira, salário, pacote de benefícios, propósito. 

Cada pessoa sustenta seus motivadores em pilares diferentes, você deve procurar quais são os seus. Não tem certo e errado nessa hora! Depois de reconhecer os motivadores, analise o quanto o seu trabalho e carreira atuais estão alinhados com o seu sonho e quantos dos seus “pilares” você vivencia no dia a dia.

Com essa “fórmula”, baseando-se em informação, converse com pessoas próximas a você, amigos, mentores e líderes. Esses outros profissionais podem ter uma visão diferente e acrescentar novos dados a sua análise, além de contribuir com outros pontos de vista.

Para evitar frustrações entenda que a transição de carreira demanda tempo, energia, investimento e que existe um tempo de maturação do profissional dentro de um novo cargo/empresa. 

Os três primeiros meses de uma nova colocação é o período de adaptação. Os próximos seis meses é a maturação do profissional. 

Só depois de passada essa fase é que podemos ver e colher os resultados. Não subestime nem fique desmotivado durante essa curva de aprendizagem, ela é fundamental para que você consiga consolidar seus novos conhecimentos e objetivos profissionais.

É indispensável pensar a carreira como um organismo vivo, que se modifica e se transforma a cada dia. Portanto, busque fazer essa reflexão sobre o planejamento de carreira ao menos uma vez por ano. 

Apesar de parecer doloroso, como dito no começo do artigo, a transformação é necessária. 

Não tenha medo de arriscar e buscar sempre o melhor para você!




Diego Barbosa é headhunter da Yoctoo e formado em Administração de Empresas. Possui seis anos de experiência no recrutamento para áreas de tecnologia. 

Além disso, tem vasto conhecimento na contratação de talentos em toda a América Latina.









FONTE: O POVO

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