Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de maio de 2019, a
depressão e ansiedade contribuem com um impacto negativo na economia
mundial da ordem de 1 trilhão de dólares anuais.
Neste contexto, a
síndrome de burnout desponta como um distúrbio psíquico resultado de
condições de trabalho inadequadas. Descubra mais a respeito a seguir,
acompanhando nosso artigo.
O que é a síndrome de burnout
A
síndrome de burnout é definida pelo psicólogo americano Herbert J.
Freudenberger como um espécie de esgotamento profissional, um distúrbio
psíquico caracterizado pelo aumento da agressividade, irritabilidade,
angústia, depressão, ansiedade entre outros. A palavra burnout, vem do
inglês e pode ser definida como queimar completamente.
Resultado
de condições de trabalho onde a tensão emocional e psicológica estão
presentes de forma constante, a síndrome de burnout pode ser
caracterizada como uma reação à esta tensão emocional crônica,
decorrente do trato em excesso com pessoas e seus problemas.
Alguns
especialistas apontam para áreas mais sensíveis ao burnout, onde o
envolvimento interpessoal tende a ser mais profundo. Como por exemplo:
bombeiros, policiais, profissionais da área de saúde, assistência
social, professores, controlador de voo, agente penitenciário, entre
outros. Mas atualmente, a síndrome de burnout pode se manifestar em
qualquer área de atuação.
Quais as principais causas da síndrome do burnout?
Inúmeros
cenários podem levar à síndrome de burnout. Ao viverem exclusivamente
para o trabalho, os workaholics tendem a ser um grupo mais propenso a
desenvolver o distúrbio. Pessoas com o traço de personalidade do
perfeccionismo, também entram no grupo dos mais propensos.
- Problemas de relacionamento interpessoal com colegas, chefes, clientes ou fornecedores
- Ausência de colaboração entre a equipe de trabalho
- Falta de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional
- Inexistência de autonomia para executar suas funções
De forma geral, qualquer pessoa que se sinta desvalorizada e
sobrecarregada por muito tempo, corre sério risco de esgotamento. Não
importa a função que exerça.
Quais são os principais sintomas da síndrome do burnout?
Para
cada pessoa, a síndrome de burnout pode se manifestar de forma
diferente. No geral, o distúrbio se caracteriza por um esgotamento
físico e emocional. Além das características já citadas anteriormente,
destacamos abaixo alguns dos sintomas mais comuns:
- Querer alguma coisa sem saber dizer o que é
- Aumento de atitudes negativas em relação a si mesmo
- Sensação de carregar o peso do mundo nos ombros
- Muitas coisas para fazer e pouco tempo para realizar
- Ausência de vontade de agradar e ser agradado
- Percepção de que dará muito trabalho o que antes era feito com prazer
- Sensação de estar perdido num labirinto
- Desenvolvimento da mentalidade de vítima
- Baixa tolerância e paciência
- Explosões de raiva
Entre as manifestações físicas mais frequentes, destacamos:
- Dores musculares
- Insônia
- Pressão alta
- Enxaqueca
- Cansaço
- Palpitação
- Distúrbios gastrointestinais
- Alteração do ciclo menstrual
- Perda ou excesso de apetite
- Problemas sexuais
- Distúrbios do sono
Como se realiza o diagnóstico de burnout?
O diagnóstico
da síndrome de burnout deve ser realizado por um especialista da área
médica, através da avaliação do histórico do paciente.
Christina
Maslach, membro do departamento de psicologia da Universidade da
Califórnia em Berkeley, criou um questionário chamado Maslach Burnout Inventory
(MBI), publicado em um livro que leva o mesmo nome. Seu questionário
conta com 22 itens e leva de 10 a 15 minutos para ser respondido. As
perguntas avaliam três aspectos da síndrome de burnout:
- Exaustão emocional - o trabalhador sente que a sua energia chegou ao fim, por causa do contato sistemático com os problemas da sua área
- Despersonalização - aumento dos sentimentos negativos com relação aos colegas de trabalho
- Ausência de envolvimento pessoal no trabalho - piora progressiva da execução do trabalho
Questionário que usem a escala Likert também se revelam muito
úteis no diagnóstico da síndrome de burnout. A escala Likert verifica o
nível de concordância com uma afirmação, tornando mais simples a análise
dos resultados.
Qual é o tratamento do burnout?
O
tratamento da síndrome de burnout podem variar de acordo com o tipo de
estresse manifestado no paciente. Entre as soluções mais comuns podemos
destacar:
- Psicoterapia
- Prática de exercícios físicos
- Exercícios de relaxamento
- Trabalho voluntário
- Recreação e hobbies
- Tempo com a família
- Hábito de leitura
Alguns estudos apontam para a necessidade de três tipos de
intervenções para o tratamento da síndrome de burnout. Uma no contexto
individual, outra no contexto organizacional e nas duas combinadas
(individual e organizacional).
Como evitar a síndrome de burnout?
Qualquer
tipo de ação preventiva para evitar a síndrome de burnout, só irá
funcionar quando o problema for entendido como decorrente da relação do
indivíduo com a forma de trabalho e a instituição. Quando a
responsabilidade pelo problema recai exclusivamente sobre o indivíduo,
as ações preventivas são ineficazes.
- Procure por ajuda profissional - caso sinta que está dando os primeiros passos rumo à síndrome de burnout, procure por um psicólogo.
- Peça a opinião de colegas - questione outros colegas da equipe sobre como eles se sentem e, principalmente, se você está apresentando alguns dos sintomas.
- Proponha mudanças no trabalho - se está difícil lidar com as condições de trabalho, converse com seu superior, nunca pense que o problema está só com você.
É um fato que a sociedade moderna está cada vez mais
competitiva. Portanto, é comum que os profissionais acabem por se
orgulhar do elevado nível de estresse de suas profissões. Se você está
em um ambiente tóxico, que promove a valorização do estresse, tome
cuidado para não acabar esgotado.
Cuide-se bem!
FONTE:
https://www.todacarreira.com/sindrome-burnout/
Excelente artigo! E quem quiser saber se corre risco com a Síndrome de Burnout, aqui tem um teste de autodiagnóstico: https://motivaplan.com/teste-de-burnout/
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