Equilibrando pratos: ser multitarefa enriquece o currículo?
Por Danylo Hayakawa
Nos últimos anos, como forma de encontrar alternativas para conter
custos e atravessar os desafios do cenário econômico, alguns setores
foram obrigados a reduzir o quadro de colaboradores.
Imagem: Divulgação |
Com a medida, que
exigiu, e vem exigindo, ainda mais empenho dos trabalhadores, ganhou
ênfase uma importante característica profissional: o perfil multitarefa.
É considerado profissional multitarefa aquele que consegue realizar
mais de uma atividade diferente ao mesmo tempo, de forma organizada
desde o início até sua total conclusão.
Para ser considerado multitarefa
é imprescindível que o profissional tenha alta capacidade para planejar
e priorizar as atividades.
O planejamento é importante para que ele
entenda as possibilidades de execução e, inclusive, avalie o momento de
dizer não a um pedido. A ideia é que ele saiba estabelecer prioridades
entre uma ação urgente e outra importante, mas que não exija
necessariamente uma ação imediata, por exemplo.
Existem vantagens em absorver outras demandas?
Em geral, a reação das pessoas é encarar a sobrecarga como algo
negativo. Tente encarar esse momento como uma oportunidade de
desenvolver novas habilidades. Você terá que ser capaz de gerenciar
melhor seu tempo e otimizar os recursos para que as atividades sejam
realizadas. Isso, por si só, já é um grande aprendizado.
Em momentos econômicos desafiadores, aqueles que conseguirem ter uma
atitude positiva terão maior chance de valorização futura. Ainda que o
sacrifício não traga uma recompensa imediata, ela pode vir quando a maré
melhorar. De qualquer forma, você terá seu currículo enriquecido,
aumentando sua empregabilidade.
É possível dizer não?
Quando você demonstra interesse e facilidade em absorver novas
tarefas, pode acontecer de as demandas não pararem de chegar, afinal,
você dá conta. No entanto, antes que uma eventual sobrecarga atrapalhe a
sua produtividade, tenha uma conversa com o gestor. Ainda que o líder
esteja próximo o tempo todo, talvez, pelo dinamismo do dia a dia, ele só
tenha uma ideia geral sobre a rotina do profissional.
Então, é preciso
dizer a ele, de uma maneira clara e objetiva, quais tarefas está
executando no momento, de qual maneira elas estão sendo feitas e os
impactos que terá na sua rotina e na qualidade das entregas caso assuma
mais uma atividade. A ideia é que, nesse bate-papo, vocês decidam em
conjunto como proceder.
Não tenha medo de estabelecer esse diálogo. A
exposição é fundamental para não se tornar um “profissional esponja”, ou
seja, aquele que absorve tudo e não executa nada.
* Danylo Hayakawa é gerente de divisão da Robert Half
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