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Conheça o que é buscado pelos recrutadores e como é feita esta avaliação.
Não há candidato que não sinta um frio na barriga quando é convidado para participar de uma dinâmica de grupo (DG). Essa fase do processo seletivo, apontada muitas vezes como a mais detestada, é também uma das mais decisivas.
No entanto, pouca gente sabe como ela ocorre e o que, de fato, está
sendo avaliado. “Muito da ansiedade dos candidatos vem exatamente desse
desconhecimento”, acredita Fernanda Montero, da Cia de Talentos, que faz
o recrutamento e seleção para muitas grandes empresas.
Como a dinâmica de grupo é estruturada
Para estruturar uma dinâmica de grupo, os recrutadores passam basicamente por estas etapas:
- Definição do perfil profissional que a empresa busca
- Entendimento das competências técnicas necessárias para a vaga
- Definição das competências comportamentais ideias para a vaga
- Escolha de atividades que revelem características e competências buscadas
Definição de perfil
Todo processo de seleção começa com a definição do
perfil profissional que a empresa precisa buscar para ocupar determinada
vaga – ou mais de uma, quando é o caso de programa de estágio ou trainee.
“Quando
recebemos uma vaga, vamos entender o que a empresa busca, que tipo de
profissional ela quer”, diz Fernanda. Essas características vão muito
além daqueles quesitos básicos, como formação, experiência, idiomas etc.
Por exemplo, no caso de uma oportunidade pontual para um cargo de
analista, além desses pré-requisitos citados acima, o recrutador vai
investigar o perfil comportamental que a empresa precisa encontrar.
“Se
for para trabalhar com um chefe introspectivo em uma atividade que exige
muita análise, serão essas características de introspecção e
concentração que vamos procurar nos candidatos na dinâmica de grupo”,
afirma.
Se for para responder para dois chefes que ficam fora do escritório,
por exemplo, o recrutador deve buscar pessoas que tenham mais iniciativa
e saibam trabalhar sozinhas.
“São questões assim que levantamos com a
empresa e traduzimos em competências”, explica ela.
Além disso, claro, cada empresa tem características e valores
próprios. Empresas de bens de consumo normalmente têm processos muito
menos engessados e permitem muito mais inovação que um banco, por
exemplo.
Fatores analisados nas atividades da DG
Todos esses fatores são analisados detalhadamente para definir as competências
que serão investigadas nos candidatos.
Só depois disso é que são
estipuladas as atividades mais apropriadas para cada DG. “Se precisamos
buscar uma pessoa bem organizada, temos de levar uma atividade em que os
candidatos possam demonstrar essa característica.”
Ou seja, cada dinâmica de grupo avalia determinados pontos da personalidade
dos profissionais. Esses pontos, obviamente, são sigilosos.
Desse
sigilo depende a eficiência do processo seletivo. Se todo mundo souber
que a empresa busca um profissional introspectivo e organizado, esse
comportamento será simulado pela maioria.
De qualquer forma, não acredite naquela história de que quem fala
mais e mais alto leva sempre a melhor.
É mito! E, se você insistir
nisso, assumindo um personagem que nada tem a ver com o seu
comportamento, pode jogar pelos ares as chances de conquistar uma vaga
que seria perfeita para você.
FONTE: VAGAS.COM
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