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Confira as tendências apontadas por Lynda Gratton, professora da London Business School.
Quem não está preocupado com o futuro do trabalho?
Para acalmar os ânimos, Lynda Gratton, professora de prática
administrativa da London Business School, tirou cinco insights sobre
assunto do último Fórum Econômico Mundial (WEF) 2019, realizado em
Davos. Veja o que ela diz.
Futuro do trabalho em 5 insights
1. Estamos no meio de uma grande transição
Lynda acredita que estejamos apenas começando a perceber o tamanho da
transição que está ocorrendo no momento. “Em outras palavras, a maioria
das pessoas ao redor do mundo precisará fazer upskill e re-skill”,
diz ela.
Isso significa que é preciso aprimorar e atualizar suas
competências de acordo com as necessidades da nova era de trabalho
digital. Ela citou uma pesquisa realizada recentemente na Ásia que
aponta que mais de 40% dos entrevistados estavam preocupados com o
impacto da tecnologia sobre seus empregos. Ela alerta que ainda parece
difícil criar o senso de urgência necessário para fazer uma mudança tão
colossal.
2. Nada está garantido
Segundo a especialista, não há dúvidas de que as competências sejam
as moedas do mercado de trabalho. No entanto, existe uma
incompatibilidade entre as necessidades do mercado e as capacidades dos
profissionais. Ela aponta também um descasamento entre o que as empresas
buscam e o que as instituições de ensino entregam.
“Existe um amplo
consenso de que precisamos empenhar um grande esforço para preparar as
pessoas para novos trabalhos e competências”, afirma. Ela cita a fala de
um economista ganhador do Prêmio Nobel. Segundo ele, agora a escola não
significa que você vai aprender, aprender não significa que você terá
as competências para o mercado de trabalho, e ter as competências não
significa que você terá um emprego. A rota é mais complexa.
3. Precisamos falar sobre o gap de gêneros nos empregos de tecnologia
Lynda afirma que houve um sentimento geral de frustração pelo fato de
a diferença de gênero ter estacionado. Um exemplo? Apenas 23% dos
participantes de Davos este ano eram mulheres. Ela diz que boa parte da
conversa sobre gênero se concentra em tecnologia. “Muitos novos
trabalhos estão em análise de dados, em que as mulheres são
significativamente sub-representadas”, diz ela.
Além disso, ela lembra
que um líder observou que essa situação ainda pode piorar. Segundo ele,
20% das mulheres que atuam em tecnologia estão pensando em sair. “Essa
falta de diversidade se reflete na maneira como a indústria está se
desenvolvendo e até na criação dos algoritmos que estão por trás da
inteligência artificial”, diz.
4. Trabalho flexível é o padrão
A flexibilidade
no trabalho está cada vez mais se tornando o padrão, respeitando, é
claro, as diferenças culturais que existem entre os países. Segundo
Lynda, na Australia, o trabalho flexível está disponível para muitos
enquanto no Japão a cultura corporativa pune a flexibilidade. Com a
tecnologia sustentando a mobilidade e a colaboração, dificilmente essa
tendência será revertida. Além disso, é fato que quem já teve
flexibilidade dificilmente vá abrir mão disso.
5. A grande esperança é a educação (inclusiva)
Muitos painéis e grupos de Davos questionavam os participantes sobre o
que os deixava mais otimista. Muitos deles citaram a “educação”, mas
observaram que ela precisa ser inclusiva. Lynda diz ter ouvido falar de
várias iniciativas na Índia e na África para trazer aprendizado para
todos, mas há desafios. “Grande parte da África subsaariana, lar de
algumas das pessoas mais pobres do mundo, tem pouca conectividade com a
Internet”, diz ela.
Ou seja, embora a educação baseada em tecnologia
possa aumentar as redes e os caminhos de aprendizado, há um sentimento
geral de que ela ainda não cumpriu a promessa.
De modo geral, ela observa que as conversas abandoram o antigo receio
de que os robôs roubariam nossos empregos para se focar no fato de que é
preciso agir agora – e em grande escala.
FONTE:
VAGAS.COM.BR
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