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Entenda a importância das organizações que regulamentam determinadas profissões.
Os Conselhos de classes profissionais
são organizações criadas com a finalidade de regulamentar as profissões
que representam.
Por exemplo, o Conselho Federal de Administração (CFA)
é o órgão que define as regras para o exercício da profissão de
administrador.
O que fazem os Conselhos de classes profissionais
Podemos dizer que os conselhos fazem o
“fino ajuste” entre as necessidades da sociedade e a entrega realizada
pelos profissionais representados.
Durante o exercício de suas
profissões, os profissionais transitam entre os limites da ética. Os
conselhos ajudam com definições mais concretas e próximas da realidade
sobre como devem agir ou se posicionar diante das ambiguidades e
sutilezas interpretativas.
Já temos no Brasil nossas leis, nossa constituição. Por exemplo, qualquer engenheiro
que utilizar areia de praia para a construção de um prédio, resultando
em grave acidente de desmoronamento, deve ser preso e punido de acordo
com os danos causados.
Aqui entra o conselho com “seu ajuste fino”,
definindo critérios, regras e punições para que acidentes como esse
sejam evitados – fiscalizando a obra para garantir a procedência da
areia, por exemplo.
Será que um paciente seria capaz de perceber a diferença entre um médico
que recomenda uma cirurgia e outro que “vende cirurgia”? Um outro
médico teria melhores condições de fazer essa distinção (até por isso
pedimos “segunda opinião”, não é mesmo?).
A biologia (o corpo humano) é
bastante complexa para termos certeza de que houve um erro médico e não
uma indecifrável conjuntura de fatores que levaram ao óbito. Um conselho
formado por vários outros médicos teria ainda mais condições de avaliar
situações como essas. Por isso existe o Conselho Federal de Medicina.
Sentimento de falta de representatividade
É comum encontrarmos profissionais
reclamando dos seus conselhos. Muitos dizem que só cobram anuidades e
não oferecem nada em troca. Dizem que só fazem politicagem e não
acrescentam nada.
Eu vejo com outros olhos. Imagine
nosso país, com tantos problemas de corrupção e falta de ética, como
seria se não tivéssemos profissionais cientes (até mesmo preocupados)
das responsabilidades (e direitos) do exercício da sua profissão?
O que acontece é que o principal
“cliente” dos conselhos é a sociedade e não os profissionais
representados – por isso esse sentimento de falta de representatividade.
No entanto, ao proteger a sociedade do mau exercício da profissão, os
conselhos protegem os bons profissionais e valorizam a profissão.
P.S.1: é preciso reconhecer que
muitos conselhos vão além da regulamentação e fiscalização, oferecendo
desenvolvimento, valorização e inovações para as profissões.
P.S.2: tratei dos conselhos federais,
mas, na maioria dos casos, a representatividade e o exercício da
fiscalização acaba sendo feita pelos conselhos regionais, que nada mais
são do que a representação dos conselhos federais – seus braços, sua
capilaridade.
FONTE: VAGAS.COM
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