IMAGEM: VAGAS.COM |
Conclusão é de pesquisa realizada pela VAGAS em parceria com Talento Incluir.
Dia 21 de setembro é Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes.
E essa luta está longe de ser fácil, inclusive profissionalmente. Isso
porque as pessoas com deficiência são as que mais se sentem
discriminadas ou excluídas no ambiente de trabalho.
Essa foi a conclusão
de uma pesquisa quantitativa realizada pela VAGAS, em parceria com a
consultoria Talento Incluir, com candidatos cadastrados no VAGAS.com.br e
profissionais de RH.
Entre os dados relevados pelo estudo está que 43% de todos os
entrevistados já se sentiram discriminados ou excluídos por algum colega
no trabalho. Entre as pessoas com deficiência, essa fatia é de 65%.
Exclusão é mais frequente entre pessoas deficientes
E há outro dado que chama a atenção na pesquisa. Para 32% das pessoas
com deficiência que disseram já ter se sentido excluídas ou
discriminadas profissionalmente, os episódios de exclusão ocorreram mais
de uma vez.
Para 19% delas, os episódios são constantes. A fatia é bem
superior à média geral. Isso porque, entre todos os pesquisados, a fatia
que respondeu que os episódios são constantes é de apenas 8%.
Discriminação no processo seletivo
Se a discriminação é frequente e recorrente no ambiente de trabalho, no processo seletivo
ela é ainda mais intensa.
Metade – exatamente 50% – dos respondentes da
pesquisa afirmou já ter se sentido prejudicado em algum processo
seletivo.
Entre as pessoas com deficiência, essa parcela alcança 59%. Entre
eles, 74% acreditam que a discriminação tenha ocorrido devido à sua
deficiência.
Lei de cotas não é suficiente
Em 2016, a Lei de Cotas completou 25 anos. Ela é um dos poucos
instrumentos que existem para garantir a inserção de pessoas com
deficiência no mercado de trabalho.
A lei obriga empresas com cem ou
mais colaboradores a preencher de 2% a 5% de seus cargos com pessoas com
deficiência (PCDs) ou beneficiários reabilitados. A grande questão é
que ela não é tão eficiente quanto poderia ser.
Dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) dão conta
de que, caso as empresas seguissem a lei, pelo menos 827 mil postos de
trabalho estariam disponíveis para pessoas com deficiências que se
enquadram nas exigências da legislação. Entretanto, apenas 381.322 vagas
haviam sido criadas até 2016.
Com tudo isso, fica claro que há ainda um longo caminho a percorrer
contra a discriminação. Conscientização pode ser um eficiente primeiro
passo.
FONTE: VAGAS.COM
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