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É preciso explicar o afastamento para o recrutador, mas nem sempre é fácil.
Você precisa voltar ao mercado de trabalho
depois de ter se afastado por um tempo – ou porque foi estudar fora, ou
porque teve um problema pessoal sério ou simplesmente porque ainda não
conseguiu uma recolocação. Preste atenção nestes quatro passos para dar a
volta por cima e recomeçar com força total. As dicas são de Paulo Dias,
especialista em recrutamento e seleção.
Como voltar ao mercado de trabalho?
1. Reative sua rede de contatos
Este é, sem dúvidas, o primeiro passo para voltar ao mercado de
trabalho. Afinal, pessoas que conhecem você de alguma forma, seja
pessoal ou profissional, são as que podem indicar seu nome com mais
propriedade. Aquelas que já trabalharam com você saberão falar sobre
suas competências e também do quanto é possível contar com você em momentos de desafio.
“Um ex-colega ou ex-chefe pode indicar seu nome para uma oportunidade
e não apenas repassar o seu currículo”, afirma Dias.
Contatos pessoas
também são interessantes, segundo ele, porque hoje em dia esse tipo de
indicação é muito valorizada pelas empresas. “Quem recomenda um amigo
pode atestar que ele é de confiança e merece credibilidade”, explica. Ou
seja, para começar, deixe sua rede de contatos saber que você está
pronto para voltar à ativa.
2. Prepare seu “material de venda”
Claro que não adianta ser muito bem recomendado e não estar preparado
para aproveitar a oportunidade no momento em que ela surgir. “Seu currículo precisa
estar bem elaborado, com boa apresentação, destacando os principais
resultados da sua carreira e tudo o que você vivenciou até ali”, diz
ele.
3. Invista nas mídias sociais
Também não basta preparar o currículo e deixar guardado no computador
à espera de um milagre. “É preciso compartilhar e manter as informações
atualizadas nas mídias sociais profissionais”, recomenda Dias. Sem
contar que estar ativo é também uma forma eficiente de ativar seus
contatos profissionais.
4. Mostre seus motivos
Explicar o seu afastamento
na maioria dos casos é necessário – embora nem sempre seja fácil. “Se
você se afastou para fazer um intercâmbio ou um curso específico no
exterior, com dedicação integral, é importante valorizar isso no
currículo de alguma maneira”, diz o especialista.
A informação pode vir
logo no início do documento, no “resumo profissional”
ou na “experiência”. “É interessante dizer, de forma objetiva, que de
tal a tal data você fez determinado curso”, diz ele. “O recrutador deve
entender automaticamente por que você esteve afastado do mercado.”
Por outro lado, se você se afastou por questões pessoais, a forma de
contar isso é outra. “Se você parou de trabalhar por três anos para ter
dois filhos ou teve um problema de saúde próprio ou na família, explique
isso de forma mais informal, não exatamente no currículo”, recomenda
Dias. Se não houver espaço para isso, a alternativa é explicar o
ocorrido no final do currículo, em um item do tipo “Informações
Adicionais”.
Se a questão for simplesmente de transição de carreira,
ela dispensa maiores explicações. “Quem está há meses sem trabalhar
porque ainda não conseguiu uma recolocação não deve detalhar isso no
currículo”, diz ele. “O melhor é esperar o momento da entrevista e
comentar, pessoalmente, o que está acontecendo, deixando claro que está
interessado em aproveitar as oportunidades que surgirem.
Segundo Dias, nenhuma das situações acima prejudica a imagem do
candidato. “São motivos nobres para um afastamento”, afirma. Um período
sabático, curto, bem planejado e estruturado, também não “queima o
filme” de ninguém.
No entanto, ele alerta, quem se afastou do mercado
simplesmente porque cansou e decidiu se dedicar a um hobby por
alguns anos pode perder pontos, sim. “Quem toma uma atitude desse tipo
pode causar uma certa insegurança no recrutador, que possivelmente pense
que isso vai acontecer de novo a qualquer momento.”
FONTE: VAGAS.COM
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