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Entenda onde e de que forma esses profissionais serão requisitados.
Você sabe quais são as tendências para o mercado de trabalho
em Direito? Claro que bola de cristal ninguém tem, mas André Camargo,
coordenador do Insper Direito, tem estudado bastante o assunto,
conversado com escritórios, empresas e headhunters para entender onde e
de que forma esses profissionais serão mais requisitados daqui para a
frente.
Confira o resultado da sua apuração nesta lista de sete tendências para o mercado de trabalho na área de Direito.
Tendências para o mercado de trabalho em Direito
1 – Temas relacionados a tecnologia terão relevância
As novas tecnologias obviamente estão entre as tendências para o
mercado de trabalho nessa área. “Temas relacionados a tecnologia da
informação, direito de propriedade intelectual, bullying,
comércio eletrônico e internet em geral estarão em alta”, diz ele. Como
o próprio professor diz, Direito é uma ciência muito conservadora e,
por isso, os assuntos tecnológicos são lentamente absorvidos pelos
profissionais da área. Portanto, quem se moldar mais rápido a essa
realidade deve ter vantagens profissionais. Quem não sabe por onde
começar, pode ficar atento à nova regulamentação do comércio eletrônico e
ao Marco Civil, sancionado recentemente pela presidente Dilma Rousseff.
2 – Conhecimento não é mais privilégio
Atenção: conteúdo não é tudo. “No passado, o que mais importava no
profissional de Direito era o conteúdo que ele tinha, se era
especialista na área X ou bambambam na área Y”, diz Camargo. “O
profissional valia o quanto sabia.” Claro que o conteúdo não deixou de
ser importante, mas a informação pura e simples não diferencia mais um
profissional do outro porque ela está muito mais facilmente à disposição
de todo mundo. “É aquela história de dar um Google e rapidamente obter
todas as respostas”, diz o professor. É isso mesmo, o conhecimento
deixou de ser um privilégio.
3 – Novas habilidades e competências ganham destaque
Se conteúdo não basta, o que o mercado espera dos
profissionais é que eles tenham um conjunto de habilidades e
competências, como a capacidade de pesquisar, trabalhar a informação de
forma multi e interdisciplinar e se comunicar. “Eles precisam saber como
aplicar e trabalhar o conteúdo que têm para resolver o problema”, diz
ele.
4 – Comunicação eficiente vale mais do que linguagem rebuscada
É preciso se comunicar com clientes internos e externos – entender o
que eles dizem e se fazer entender por eles. Pois é. Aquela figura do
advogado erudito, que reveste as palavras de um jeito rebuscado sem se
preocupar com o entendimento da mensagem está ultrapassada. “Na
antiguidade, um profissional bom era o que falava bonito, criava teorias e uma série de hipóteses, mas ficava longe de resolver o problema prático.”
5 – É preciso entender a empresa como um todo
Ou seja, agora o profissional de Direito
tem de ser parte da solução e isso inclui entender o que o cliente diz,
o que a empresa faz, como ela se organiza, como é sua parte financeira,
como flui a comunicação interna, qual a cultura organizacional
e qual o papel que a empresa espera dele. “O advogado não pode
simplesmente chegar com ‘sim’ e ‘não’. Precisa trazer alternativas e
soluções e derrubar o estigma do ‘manda para o jurídico achar
problema'”, diz o professor.
6 – Profissional de direito é parceiro das outras áreas
A palavra-chave para a área jurídica das empresas parece ser agora
“parceria”. “O profissional de Direito não deve ser mais aquele que vai
apagar incêndio”, afirma Camargo. “Ele tem de ser um parceiro das outras
áreas, ajudar a entender o problema, construir soluções e não atuar
apenas como um consultor a que as pessoas recorrem apenas em último
caso.”
7 – Cursos complementares serão cada vez mais importantes
E o que fazer se o curso de Direito, tradicionalmente, não desenvolve
esse grupo de habilidades e competências que o mercado busca nos
profissionais? Há duas opções. Ou encarar que você vai desde cedo ser
jogado aos leões para resolver problemas possivelmente sem ter preparo
para isso, aprendendo na prática. Ou pode procurar um curso que
complemente a sua formação.
FONTE: VAGAS.COM
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