Empregabilidade: nem tudo depende de você
Veja o que você pode fazer para aumentar as chances de ser contratado por uma empresa
por João Xavier*
Quem tem medo de ficar desempregado pode adotar três medidas para se
proteger: fazer uma reserva financeira, empreender negócio próprio ou
trabalhar sua empregabilidade.
A reserva financeira é uma medida bastante objetiva,
logo, facilmente mensurada. O profissional pode estimar seu custo médio
mensal e, a partir deste, separar uma parte dos seus ganhos para
acumular reservas. Desse modo, caso seja surpreendido com uma demissão,
terá prazo razoável (proporcional a reserva acumulada) para se recolocar
no mercado de trabalho.
Empreender negócio próprio é uma medida mais complexa, que envolve diversos fatores, como capital inicial, conhecimento do mercado,
concorrência, aptidão profissional. Portanto, assunto suficiente para
novo artigo que, provavelmente, abordarei em outras oportunidades.
Agora vamos investigar um pouco mais a última medida: trabalhar a
empregabilidade, qualidade de quem é empregável. Ou seja, é a soma das
características que conferem atratividade ao profissional para realizar
tarefas, executar funções, em determinados empreendimentos. Partindo
desta definição encontramos dois atores: o “profissional” e o
“empreendimento”.
Empregabilidade: como trabalhar o profissional
Por parte do profissional, é interessante refletir sobre questões
como: para onde caminha a sua indústria, seu setor ou sua área de
atuação? Qual o impacto da tecnologia e da globalização? Quais competências seu mercado tem exigido e passará a exigir?
Refletir sobre essas questões é trabalhar seu posicionamento estratégico,
sabendo para onde caminha a sua “indústria”, aonde você quer chegar e
quais competências você precisa desenvolver para chegar lá.
Portanto, empregabilidade trata de:
Conhecimento: quais áreas do saber e qual grau de especialidade serão necessários para pleno desempenho?
Habilidade: qual o nível de destreza necessário para alcançar a excelência?
Atitudes: quais crenças positivas, libertadoras? Quais são os valores?
Resultados: quais são seus resultados? Onde acertou? Onde errou? Como lidou com o erro? Como lidou com o acerto?
Empreendimento: o outro lado da história
De nada adiante ter competências se não houver empreendimentos. É
preciso haver emprego, não? Se não houver, não há onde empregar a
competência. Como pouco podemos contribuir para a geração de
empreendimentos, resta-nos apenas especializar e aprimorar a nossa
capacidade de interpretação do ambiente. Isso significa decifrar
contextos para melhor prever o futuro – o que nos remete novamente a
“refletir sobre questões anteriormente propostas” e “trabalhar novamente
o planejamento estratégico” da carreira.
Para concluir, trabalhar a empregabilidade não é tarefa fácil! A
equação tem apenas dois componentes: competência profissional e
necessidades organizacionais. O profissional, no entanto, só consegue
atuar em um deles – e ainda assim com restrições de recursos,
principalmente dinheiro e tempo. Minha dica? Faça o melhor que puder e,
enquanto não alcançar o que espera, lembre-se de que nem tudo depende
exclusivamente de você.
FONTE: VAGAS.com
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