Qual sua pretensão salarial?
A resposta precisa estar pronta na cabeça de todo profissional, esteja ele em busca de emprego ou não
por João Xavier*
A resposta para a pergunta “qual a sua pretensão salarial?”
tem que estar na ponta da língua, mesmo para aqueles que estão
trabalhando. Afinal, podemos ser abordados a qualquer momento por um
headhunter.
Pretensão salarial: não existe resposta certa ou errada
É uma pergunta simples, objetiva, numérica – #sqn! O problema é que,
quando juntamos ciências exatas com humanas, o resultado é sempre
relativo, proporcional, nunca haverá resposta certa ou errada, mas há a
melhor resposta para cada situação, cada contexto.
Quem está feliz com seu trabalho, por exemplo, tende a inflar sua pretensão com proporções maiores do que 20% de seu salário atual.
Já aqueles que estão trabalhando, mas não muito contentes, tendem a
pedir valores iguais ou pouco maiores. E quanto aqueles que estão em
momento de transição, ou seja, disponíveis?
Para quem encontra-se sem remuneração o ponto de partida deve ser o último salário.
Se um profissional ganhava R$ 5.000, por exemplo, significa que alguém,
em algum momento, entendeu que valia isso – portanto, um ótimo ponto de
referência.
Mas acontece que o último salário é resultado de anos de
trabalho, muitas vezes com promoções, correções, dissídios, tempo de
serviço – e uma vez perdidas estas conquistas, o profissional tem que se
adequar à realidade atual do mercado de trabalho.
E o maior problema em
relação ao mercado de trabalho é que existem variações absurdas. Eu,
por exemplo, já conheci Gerentes Financeiros com salários de R$ 5.000 a
R$ 18.000.
O próprio site da VAGAS, em seu mapa de carreiras, mostra uma variação de R$ 2.300 a R$ 7.100 na remuneração deste cargo.
Já vi empresas em que um supervisor tinha mais poder e autonomia do que um gerente em outra empresa equivalente.
Outra questão é que, em momentos de crise,
os salários são rapidamente forçados para baixo. Durante os anos de
2006 a 2012, vivemos um período de crescimento salarial e, logo em
seguida, principalmente a partir de 2014, vimos os salários diminuírem
bastante com a crise.
Para ter mais chance de acerto, o profissional que está em busca de
emprego deve sinalizar para o mercado uma pretensão salarial com valor
igual ao último salário ou, no máximo, até 20% abaixo.
Valores menores
que estes podem deixar o recrutador inseguro, imaginando que, na
primeira oportunidade com salário maior que aparecer, o profissional
abandonará a empresa.
FONTE: VAGAS.com
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