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IMAGEM: olhardigital.com.br |
Antes de contratar um funcionário, as empresas costumam fazer uma
checagem de informações sobre ele, como buscar referências com antigos
empregadores ou verificar antecedentes criminais.
Mas com a disseminação
das redes sociais, algumas organizações começam a analisar também o que
os potenciais funcionários falam e como agem em ambientes como
Facebook, LinkedIn, Twitter, Flickr, blogs, listas de discussões,
entre outros.
Nos Estados Unidos, foi criada, há cerca de um ano, uma empresa
batizada de Social Intelligence. O serviço oferecido por ela é analisar
tudo o que os candidatos a uma vaga de emprego falaram e fizeram nos
últimos sete anos.
A partir desse levantamento, a companhia entrega um
dossiê à contratante, no qual busca compilar informações positivas, como
destaques profissionais e trabalhos voluntários, assim como pontos
negativos, como comentários racistas, referências a drogas, entre
outros.
“Nós não somos detetives”, afirmou o CEO da Social Intelligence,
Max Drucker, em entrevista ao jornal norte-americano New York Times.
“Tudo que nós reunimos é o que está disponível ao público na internet
atualmente”, explicou.
O órgão que regula as relações de comércio nos Estados Unidos, a
FTC (Federal Trade Comission), chegou a analisar o trabalho da Social
Intelligence e emitiu um parecer dizendo que os serviços da companhia
não ferem a legislação.
Para os profissionais, no entanto, o trabalho da empresa
norte-americana representa um sinal de alerta, já que tudo o que é – e
já foi – falado por eles nas redes sociais pode prejudicá-los no mercado
de trabalho. E, de acordo com Drucker, têm crescido os exemplos de
clientes seus que optam por não contratar pessoas depois de analisarem o
perfil delas em ambientes como Facebook e Twitter.