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Quando o assunto é organizar finanças,
logo pensamos em cortar gastos e rever hábitos de consumo, para que o
nosso salário possa durar o mês todo e ainda sobrar um pouco para fazer
“um pé-de-meia”.
De fato, eliminar gastos supérfluos e
mudar certos hábitos de consumo contribuem muito para melhorar a nossa
saúde financeira.
Porém, para cuidar de fato das finanças é preciso,
antes de tudo, elaborar um planejamento financeiro coerente com sua
realidade e adotar uma ferramenta de controle adequada e eficiente.
6 passos para cuidar das finanças pessoais
1. Planejamento
Este é o primeiro passo e consiste em definir objetivos e os métodos (procedimentos) para alcançá-los
2. Controle
Verifica se os métodos definidos
estão sendo aplicados corretamente, se são eficazes ou se precisam ser
revisados, para que os objetivos possam ser alcançados.
Exemplo prático de planejamento e controle financeiro:
– O objetivo é juntar R$ 3.000,00 nos próximos 06 meses, para pagar a parcela das chaves do apartamento;
– Para alcançar este objetivo, o método definido foi separar parte do valor das férias e do 13º salário;
– Para que o método definido funcione
corretamente é necessário realizar um controle que possa garantir que o
valor separado para a parcela das chaves não acabe sendo utilizado
paras outros fins durante esses 06 meses.
Para elaborar um planejamento
financeiro coerente é preciso estar com os pés no chão. Procure
estabelecer objetivos que possam ser alcançados, partindo da sua
realidade financeira atual.
Após definir os objetivos e os métodos, adote uma ferramenta de controle que atenda suas necessidades.
Há vários aplicativos para controle
financeiro à disposição. Também existem sites especializados e as
tradicionais e práticas planilhas em Excel.
Uma boa opção são as ferramentas que
oferecem os seguintes recursos: previsão financeira, acompanhamento da
movimentação e apuração do resultado mensal.
3. Previsão
Relacione todas as entradas e saídas
previstas para cada mês. Considere todas as receitas (salários, pensões,
etc.) e todas as despesas (alimentação, lazer, habitação, educação,
saúde, etc.).
O valor de itens como comissões,
bônus, água, luz e supermercado pode variar de um mês para o outro.
Nesses casos você pode, por exemplo, considerar a média dos últimos três
meses.
Lembre-se também de considerar
situações específicas, como o período de férias, as despesas de início
de ano (IPTU, IPVA, material escolar, etc.) e as datas comemorativas
(aniversários, dia das mães, etc.).
Por meio de uma previsão financeira
eficiente é possível identificar antecipadamente a necessidade de
ajustes no orçamento para determinados meses ou períodos.
4. Acompanhamento
Nesta fase, insira no seu controle os
valores realizados, ou seja, os valores efetivamente recebidos ou
pagos. Lance até aqueles bem pequenos – o rateio para o presente do
aniversariante do mês, o cafezinho ou o sorvete depois do almoço, tudo
isso.
Faça a comparação entre os valores
previstos e os valores realizados para identificar possíveis
divergências ou variações significativas entre o previsto e o real. Essa
comparação ajuda a melhorar a qualidade da sua previsão financeira para
os meses seguintes.
O ideal é que o acompanhamento seja
realizado semanalmente, para evitar que informações se percam ao longo
do período e também para que haja tempo hábil para identificar e
solucionar problemas dentro do próprio mês.
5. Resultado
Tendo lançado todos os valores
realizados (definitivos), encontraremos a diferença apurada entre as
entradas e as saídas, ou seja, o resultado ou saldo final. Uma vez
apurado o resultado, seguimos para a tomada de decisão.
6. Tomada de Decisão
Esta etapa consiste em identificar
problemas e oportunidades, analisar criteriosamente as opções
disponíveis e escolher a alternativa que se mostrar mais viável.
Visualize as necessidades do momento específico, sem perder de vista os
objetivos de longo prazo, definidos no planejamento financeiro.
Vamos aplicar os conceitos acima, aos exemplos que se seguem.
Considerando um resultado mensal positivo
Liquide as chamadas “dívidas bola de neve” como o cartão de crédito e o cheque especial.
Nunca deixe seu dinheiro parado, sem
remuneração. Você pode abrir uma conta poupança e criar um fundo de
reserva para momentos de necessidade, investir em ativos financeiros,
etc.
Para investir, descubra qual é o seu
perfil de investidor (Conservador, Moderado ou Arrojado) e analise os
produtos disponíveis. Vamos usar aqui como exemplo, a análise do produto
CDB (Certificado de Depósito Bancário), uma das principais opções dos
investidores com perfil Conservador:
– O valor mínimo para aplicação pode variar entre R$ 100,00 e R$ 2.000,00 de um banco para outro;
– Rentabilidade, normalmente, atrelada a taxa CDI que costuma acompanhar a taxa SELIC (taxa básica da economia);
– Conta com a garantia (cobertura) do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até o limite de R$ 250 mil;
– Sofre incidência do Imposto de Renda e do IOF (resgates em prazo inferior a 30 dias).
Considerando um resultado mensal negativo
– Avalie se será necessário (e viável) utilizar o fundo de reserva ou resgatar investimentos;
– Verifique se há “descasamentos”
entre as datas de vencimento das despesas e as datas do crédito do
salário. Pagamentos com atraso geram multas e juros. Além disso, saldo
descoberto (negativo) em conta corrente, mesmo por poucos dias, também
gera a cobrança de (pesados) encargos financeiros.
– Considere a opção de tomar um
empréstimo bancário para liquidar todas as dívidas e estabilizar suas
finanças. É importante avaliar se o custo desse empréstimo não será
maior do que as dívidas atuais. Para isso, descubra o CET (Custo Efetivo
Total), que é a soma de todos os encargos e taxas embutidos na
contratação do empréstimo.
Verifique também se o valor das
parcelas cabe, de fato, no seu orçamento mensal e lembre-se de que esse
empréstimo deverá ser utilizado para liquidar as dívidas já existentes e
não para contrair novas dívidas.
Deni Alexandro P. Silva é Consultor Contábil e Empresarial.
FONTE: VAGAS.COM
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