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Nível é determinado pelas empresas e pode variar de uma companhia para outra
por Heloisa Valente
A denominação de nível de cargo júnior, pleno ou
sênior sempre gera divergências no mercado de trabalho.
Isso porque
existem muitos critérios para definir experiências e habilidades
profissionais. A questão não é simples e nem fechada em anos de atuação,
idade ou cursos de pós-graduação. Mas, afinal, como saber em que nível
estamos?
Fátima Motta, professora de Gestão de Pessoas da ESPM e
sócia-diretora da FM Consultores, explica que o nível de cada
profissional é determinado pelas empresas e pode variar de uma
organização para outra.
“O ponto fundamental é fazer uma mescla entre
complexidade de tarefas e maturidade profissional”, afirma. Dessa forma,
diz ela, as empresas tendem a organizar a carreira dos colaboradores em:
- Júnior: cargo com complexidade menor de tarefas, sem tantas exigências de competências profissionais e normalmente sem autonomia para decisões;
- Pleno: complexidade maior de tarefas, maior maturidade profissional e capacidade ampla de tomada de decisões;
- Sênior: ampla complexidade de tarefas, exigência de maturidade profissional e emocional, poder de decisão e capacidade para assumir funções de liderança.
A consultora destaca que essas definições não são regra e que as
denominações podem englobar um conjunto de coisas específicas de cargos,
áreas e empresas.
Currículo e entrevista
Se até no mercado de trabalho essa caracterização não é uma questão
fechada, como saber onde se enquadrar na hora de elaborar um currículo
ou participar de uma entrevista?
Fátima afirma que o profissional júnior normalmente é
o recém-formado ou com poucos anos de experiência de mercado.
“A
indecisão, muitas vezes, aparece entre as denominações de pleno e
sênior. Nesse caso, a orientação é deixar a própria empresa definir onde
atuamos ou buscamos uma oportunidade.”
Ao elaborar um currículo, ela diz não ser
fundamental essa nomenclatura, ainda mais quando não se tem certeza
sobre o termo correto. “Demonstrar conhecimento amplo de tarefas,
espírito de liderança e capacidade de tomada de decisões são habilidades que podem ser mencionadas ao longo de uma entrevista”, sugere.
Mas ela faz uma ressalva: “O único risco de elaborar um currículo sem
as distinções júnior, pleno ou sênior é a possibilidade de ficar de
fora de uma seleção de candidatos onde a busca seja feita de forma
eletrônica e por palavra-chave”.
Da mesma forma que os cargos se confundem no ambiente corporativo, a
questão salarial também é diversificada. A professora explica que entre
as três posições de cargos, o que é único é a escala crescente: júnior,
pleno e sênior.
“Assim, quanto maior for o cargo, maiores serão as
complexidades das tarefas, a autonomia, a habilidade para posições de
liderança e, consequentemente, a remuneração”, analisa.
FONTE: VAGAS.COM
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