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Saiba o que faz pessoas de diferentes cargos mudarem de emprego
por Fernanda Bottoni*
Por que trabalhador empregado busca uma recolocação profissional
no mercado? Para conhecer os principais motivos, a consultoria Ricardo
Xavier Recursos Humanos compilou as informações obtidas dos
profissionais que procuraram pelo seu serviço de Recolocação
Profissional durante dois anos.
No total, eram 333 profissionais de diversos níveis, entre diretores,
gerentes, coordenadores, supervisores, analistas, assistentes e
especialistas. O resultado do levantamento foi bem interessante. Quer
ver?
Principais motivos para recolocação profissional
1. Desafios na carreira
Você pode não acreditar, mas a maior razão para os profissionais procurarem outro emprego foi carreira (perspectiva, desafios e crescimento).
Esse item foi apontado por nada menos do que 50% das pessoas. Entre os
especialistas, a fatia é ainda maior, de 75%. A menor é a de diretores,
com apenas 31%.
Como explica João de Queiroz Xavier, diretor-geral da Ricardo Xavier,
41% dos profissionais não enxergaram possibilidade de crescimento na
atual empresa. “9% estão buscando novos desafios, o que também pode ter a
ver com estagnação ou falta de oportunidade de crescimento”, diz ele.
2. Problemas com os gestores
O segundo motivo mais apontado pelo profissionais que queriam outro
emprego foi “gestão”, com 21% das respostas. Para Xavier, o problema
aqui é o chefe, em primeiro lugar, e, em seguida, a empresa e seus gestores em geral.
Para não cair em uma nova roubada, se você estiver disposto a mudar de emprego
para não ter mais de trabalhar com seu chefe, a dica do diretor-geral é
tentar obter informações sobre seu potencial novo gestor ainda durante o
processo de seleção. “Normalmente ele participa pelo menos da
entrevista final, e, nesse momento, é possível conhecê-lo melhor”, diz.
3. Salário
O terceiro motivo mais apontado, claro, foi ele mesmo: o salário.
Então, quem muda de emprego com mais frequência costuma obter maiores aumentos salariais
do que quem permanece na mesma empresa? “É possível, sim”, diz Xavier.
Mas ele faz um alerta: “O profissional deve olhar a carreira a longo
prazo e trocas rápidas e frequentes de emprego não deixam boas marcas no
currículo – passando uma imagem de instabilidade”.
Outro ponto importante que ele destaca é que essas saídas por
salários maiores não costumam deixar boas impressões. “O profissional
que faz isso pode contar com os antigos colegas e superiores para
recomendá-lo?”, questiona.
O levantamento mostra, no entanto, que quem procurou a recolocação por causa do salário
em geral estava ganhando abaixo da média de mercado. Por exemplo, os
gerentes que buscavam uma recolocação por salário ganhavam, em média, R$
4,3 mil, enquanto o salário médio total desse nível era de R$ 8,2 mil.
Entre os especialistas, a diferença era de R$ 2,5 mil para R$ 6,1 mil.
“Quem tem mais preocupação com carreira ganha mais.” Isso ocorre
primeiramente porque quem tem (e executa) um plano estruturado de
carreira com toda certeza vai ganhar no longo prazo. Depois, porque quem
se preocupa com a carreira e vê o salário como consequência dedica seus
recursos (tempo, dinheiro, atenção) a atividades agregadoras,
construtivas, potencializadoras, diz Xavier.
4. Excesso de viagem
O quarto motivo mais apontado, com 5%, são as viagens. Entre os
profissionais que indicaram essa resposta, 66% eram diretores.
Os outros
33% eram gerentes. Só por curiosidade: nenhum analista, especialista ou
supervisor procurou o serviço de recolocação motivado pelo excesso de
viagem. Os outros itens apontados foram testar empregabilidade (3%),
tipo de empresa (2%), reconhecimento (2%) e mudanças (1%).
FONTE: VAGAS.COM
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