Evite comportamentos bizarros na entrevista de emprego
Por Viviane nishiura
Uma entrevista de trabalho pode significar tensão e desconforto para muita
gente. A maioria das pessoas se incomoda em ser analisada, testada e
“investigada”. Outras, porém, chegam a ficar à vontade demais.
Como saber qual o comportamento ideal? Ainda mais sabendo que a entrevista é
a oportunidade única que teremos de nos apresentar para aquela vaga, e a impressão
que deixarmos vai determinar se continuaremos ou não no processo.
Então, vão algumas dicas baseadas não só na minha experiência, mas nas
pontuações de outras colegas.
1 - Mostrar simpatia e bom humor pode ser muito útil, mas sem exageros. Você
não quer parecer puxa-saco e nem está pleiteando uma vaga para um stand-up (eu
acho). Eu já tive que ouvir piadas dos entrevistados...
2 - Existem selecionadores que preferem um clima mais austero, mas hoje é
normal que a entrevista seja uma conversa relativamente descontraída. Não quer
dizer que vocês são amigos e que você pode tratar o selecionador como o
anfitrião do churrasco. E nunca, nunca mesmo, paquere o entrevistador.
3 - Responda o que o selecionador te perguntar. Atendo-se às perguntas e sendo
bem objetivo, você não perde tempo e não corre o risco de dizer algo que não
deveria.
Não é necessário explicar mínimos detalhes do que você fazia: se a
entrevista for por competências, o entrevistador vai investigar com você os
detalhes que ele precisa saber.
4 - Não saia falando sobre sua vida pessoal, na entrevista chegará o momento
em que isso será perguntado. E quando for, tenha foco na pergunta. Não trace um
perfil comportamental com lista de todos os talentos dos seus filhos para o
selecionador.
5 - Em hipótese alguma peça ajuda ao entrevistador. Alguns candidatos esquecem
que o entrevistador é um representante da empresa e que precisa avalia-lo de
alguma forma.
E agem com ele como se fosse um agente intermediário. Mesmo em
empresas de seleção, o selecionador representa a empresa cliente, ele não é um
agente intermediário naquele momento.
Então, não explique o quanto está
precisando do emprego, mesmo que esteja, e não peça ajuda para passar nesta
fase do processo seletivo. Isso acaba com suas chances de seguir no processo,
em 99% das vezes.
Eu já passei por isso diversas vezes, e com candidatos dos
mais diversos níveis hierárquicos. Não posso pré-aprovar um candidato que não
tenha condição de separar o processo seletivo de um favor.
Já entrevistei
muitas pessoas extremamente necessitadas que mantiveram a postura e a dignidade
até o final do processo, e foram contratadas. Com algumas perguntas, o
selecionador é capaz de ter uma noção da situação financeira do candidato. E
manter a postura ainda mostra a capacidade de lidar com a ansiedade, ponto
muito importante para qualquer posição.
6 - Não use gírias. Dependendo do selecionador, da posição ou da empresa, uma
colocação ou outra até pode ter contexto. Mas, se não quer arriscar, não use
nenhuma.
E para os mais jovens (parece óbvio e desnecessário, mas existe): não
masque chiclete, não se sente como se estivesse no sofá de casa e não chame o
entrevistador de “véio”... (juro, e não foi só uma vez)
Não sei como você é mas, no geral, aja como se estivesse sendo apresentado
aos pais do seu amigo. Você quer parecer uma boa companhia para o filho deles:
leal, confiável e com boa postura. São os requisitos pessoais que toda empresa
procura.
FONTE: Viviane
nishiura Consultora de RH/
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