Marketing Pessoal: como se
colocar em evidência e promover a sua carreira
Especialistas
listam dicas e asseguram: você não está exposto em uma prateleira de loja, mas
precisa se vender.
Investir
na imagem profissional é quesito essencial para quem busca galgar
posicionamento no mercado de trabalho e obter sempre convites de emprego e
promoções na carreira.
Só que definir os primeiros e coerentes passos na
construção de um adequado marketing pessoal, bem como atribuir bons e novos
valores à própria imagem e evitar erros durante toda essa engenharia não são
empreitadas tão simples.
Muito
mais do que autopromoção, o marketing pessoal - de acordo com especialistas
entrevistados pelo Diário do Nordeste, é um conjunto de estratégias que irão
fazer com que as pessoas o vejam de maneira muito mais positiva com depoimentos
positivos sobre você circulando por aí.
Para
começar, algumas condutas iniciais podem ser adotadas desde já. "Deve-se
estudar muito, preparar-se em argumentos para o que acredita ser sua verdade,
ser espontâneo como pessoa, manter a curiosidade como eterno aprendiz e ter
prazer em dividir o que conhece", lista a socióloga paulista Márcia
Toscano, especialista em Gestão de Pessoas, Coach e Palestrante.
"O
primeiro passo é tratar as pessoas com respeito, educação, empatia e manter um
bom relacionamento interpessoal com chefes e colegas.
Além disso, é fundamental
honrar compromissos, prazos e cumprir o que foi combinado. Afinal, as pessoas
são lembradas pelo o que elas fazem e não pelo que elas dizem", cita
Cláudia Santos, especialista em Gestão Estratégica de Pessoas e diretora da
Emovere You.
Contexto
e análise interna
Existem
diversas possibilidades de melhorar a imagem e tornar-se referência no que você
faz, mas tudo isso precisa ser pensado também dentro de um contexto e com
autoconhecimento.
"É importante demonstrar domínio técnico e interesse
pelo tipo de função que está exercendo, assim como no tipo de mercado que está
inserido.
Além de ter clareza sobre seus valores e sua ética, e se são
compatíveis com a empresa que você está, outro ponto essencial é se apoiar e
ouvir os conselhos de profissionais mais experientes", avalia André
Ribeiro, consultor de Carreira Sênior da Produtive, que acumula clientes como
as multinacionais Toyota, Samsung e Dell.
Conceitualmente,
de acordo com a autora Cláudia Mônica Ritossa, no livro Marketing Pessoal:
Quando o produto é você, essas primeiras ações são planejadas e compreendem não
só a divulgação de uma melhor imagem, mas também o aprimoramento de nossas
deficiências e o investimento em nossas qualidades.
"Não
existe uma imagem profissional e pessoal: nossa imagem é única e integral. Ela
é construída e reconstruída a cada dia, e por isso é necessário cuidar da nossa
reputação diariamente.
Para melhorar a postura e o marketing pessoal, a pessoa
precisa, antes de tudo, conhecer-se bem, agir com naturalidade e guiar suas
ações conforme seus valores e crenças", ressalta Santos.
Somos uma
marca
Os velhos
conceitos de que apenas ser visto é o suficiente não cabem mais no mundo em que
o branding (gestão de marcas) é cada vez mais indispensável.
O marketing
pessoal remete à ideia de um lançamento de uma marca pessoal, o que significa a
criação de uma identidade que o destaca e o diferencia dos demais
profissionais. Por consequência, o valor pago pelas empresas será o que a sua
marca representa.
Vale
ressaltar que todas as pessoas que encontramos nos ambientes em que
interagimos, são considerados clientes, sendo fundamental segmentar e definir o
público ao qual queremos influenciar, para que se possa desenvolver uma
estratégia de marketing pessoal efetiva.
Tecnologia
Nessa
tentativa de ser lembrado, algumas prerrogativas podem ser pontapés assertivos
como: ser acessível em todos os aspectos, demonstrar os talentos nas
oportunidades disponíveis, aprender a usar a tecnologia a seu favor (e-mail,
mídias sociais, plataformas sociais como WhatsApp, entre outros), permanecer antenado
às novidades da área de atuação e participar de conferências, palestras e
outros eventos profissionais sociais.
"Nesse
ponto, o universo digital ajuda muito as pessoas que têm dificuldade para se
comunicar.
O LinkedIn, por exemplo, é uma ótima forma para aumentar o
networking, com a participação em grupos e a interação com colegas. A
estratégia é se fazer presente, enviar mensagens para seus contatos, oferecer
ajuda quando necessário e, claro, compartilhar as suas conquistas", sugere
a especialista Cláudia Santos.
Ajuda de
profissionais
Se o caso
for de timidez ou aversão quase total em adotar tais posturas de relacionamento
profissional, é recomendável, em casos mais graves, buscar consultores
especializados em Carreira e Recursos Humanos.
"Sempre
recomendo buscar orientação profissional, seja com uma assessoria de carreira
ou em cursos para o desenvolvimento de habilidade de relacionamento",
pondera André Ribeiro.
"A
principal estratégia é criar um plano e executá-lo, priorizando seus contatos
mais próximos, mas que tenham poder de tomada de decisão nas empresas. Indico
ainda que a pessoa tire um período na semana para fazer contatos por mensagens,
telefonemas, e-mails ou visita a pessoas estratégicas e encontre um motivo para
falar com essas pessoas. Compartilhar artigos de interesse em comum pode ser
também um bom início de conversa", completa Ribeiro.
Afinal,
do que adianta ser um excelente profissional dentro da sua empresa, dotado de
capacidades e qualidades extremamente valorizadas pelo mundo corporativo, se
absolutamente ninguém tem conhecimento disso?
Principais
erros
Dentre os
vacilos mais comuns, e que geralmente testemunham contra um correto marketing
pessoal, estão: o isolamento, os debates nada produtivos no ambiente de
trabalho e a ausência de conteúdo profissional.
"São
graves erros entrar em discussões inúteis e sem ter informação mais profunda
sobre o tema de foco profissional. Outro equívoco é se isolar no ambiente,
preocupando-se apenas com seu trabalho.
Além desses, assumir o papel de
'reclamão' e sempre expor que nada está bom, nada funciona e ninguém faz nada
certo", cita André Ribeiro, da Produtive.
"Quando
se trata da construção de uma imagem positiva, há outros equívocos mais comuns
como confundir liberdade com intimidade nas relações profissionais; usar gírias
e palavrões no ambiente de trabalho; perder o controle emocional e desrespeitar
os colegas; ter comportamentos arrogantes; e expor-se de forma indevida nas
redes sociais", afirma Cláudia Santos.
A autora
Cláudia Mônica Ritossa, conforme trecho do livro Marketing Pessoal: Quando o
produto é você, inclui ainda outras atitudes que devem ser evitadas para um
relacionamento diário no ambiente de trabalho. Fazer fofoca de colegas
ausentes; rejeitar o trabalho em equipe; deixar conflitos pendentes; não
respeitar a diversidade; e apontar o erro do outro são cinco práticas que
traduzem falhas graves de imagem.
Se você
agora já sabe o que mudar para melhorar, invista no seu marketing pessoal e
crie um ambiente de confiança e cooperação ao seu redor. Afinal, posicionar a
nossa marca pessoal é, portanto, criar um rótulo que vai ficar na mente das
pessoas no mercado de trabalho.
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE
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